No início da minha carreira como ortopedista e especialista em ombro e cotovelo me deparei com o difícil quadro clínico de pacientes com dor no ombro. Meu primeiro professor da especialidade, dr. Sérgio Nicoletti , em 1995 questionava: mas afinal , porque o ombro dói. Muitas teorias inundavam a literatura médica, como atritos entre estruturas dentro da articulacão, etc. Hoje quase em 2025, com meu amdurecimento e larga experiência, ainda permaneço com muitas dúvidas.
O que vejo é que a dor no ombro é muito dependenete do perfil sócio económico, das características da personalidade do paciente e do estado emocional. Cada paciente interpreta a dor de uma forma. Não é algo tão simples. Pacientes da mesma idade, com exames de imagem (como ressonância magnética) semelhantes, e o mesmo diagnóstico respondem de forma completamente diferente ao também mesmo tratamento. A dor no ombro deve ser sim tratada de forma INDIVIDUALIZADA. Cirurgias para dor no ombro estão longe de ser milagrosas assim como infiltrações , etc. Há necessidade de empatia entre o médico e paciente. Na grande maioria dos casos também há necessidade de paciência das duas partes: médico e paciente. Com esforço e confiança é possível tratar sim!
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